FGV /Blog – 18/01/2018
Na última segunda-feira, a FGV recebeu, na unidade Jacarandás, a palestra da professora Carla Beni, com o tema “O Cenário Econômico para 2018”, onde ela aborda diversos assuntos a respeito das políticas econômicas do Brasil e quais são as perspectivas econômicas para 2018. Segundo a professora, 2018 possui, em comparação com 2017, uma melhoria nos indicadores macroeconômicos. “A gente continua com uma inflação baixa, um índice de desemprego que começa a melhorar um pouco apesar de estar elevado, em torno de 12%. Mas a gente saiu daquele processo recessivo de dois anos de queda de PIB de mais de 7%”, diz. “Esse ano nós vamos ter os dois lados, você vai ter uma sensação de melhora econômica pro país, mas por outro lado nós temos um grande evento que são as eleições. Então a preocupação é de que a política continue virando as costas para a economia. Se isso continuar, vamos empurrar os problemas para 2019 e vai ser um ano que não vai acontecer grandes coisas. Até porque além de tudo tem a Copa do Mundo, que surge como distração”, completa a professora, que recebeu o Prêmio Excelência em Economia da rede FGV por quatro anos consecutivos. No entanto, Carla acredita que há uma perspectiva de melhora para o futuro, mas que ainda há muito o que fazer para colocar o país nos eixos. “Nós temos uma perspectiva de melhora porque quando a Taxa Selic cai por conta da inflação, há uma taxa real de juros na economia que ainda se mantém num patamar meio padrão. Ter Taxa Selic a 7% é diferente de ter uma Selic a 14%” Em relação aos investidores, a professora também cita que o cenário pode incentivá-los. “Quanto menor for a taxa Selic mais tendência a pessoa tem em tirar de sua aplicação financeira e colocar num lado real da economia que produz bens e serviços, porque a gente precisa de emprego. Então existe uma perspectiva de retomada, mas ela precisa ser realista, é tudo muito aos poucos, porque nosso PIB caiu mais de 7% então nós estamos engatinhando”, finaliza.
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